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Maternidade tenta driblar a crise.

 Publicado 14/06/2020 - 10h32 - Atualizado // - h

Por Francisco Lima Neto

Apesar de a Maternidade também atender convênios particulares, mais de 60% das mulheres e recém-nascidos são atendidos pelo SUS: finanças estão deficitárias há anos

Matheus Pereira/AAN

Apesar de a Maternidade também atender convênios particulares, mais de 60% das mulheres e recém-nascidos são atendidos pelo SUS: finanças estão deficitárias há anos

O Hospital Maternidade de Campinas, que já operava com débitos milionários, viu sua situação financeira piorar com a queda na arrecadação durante esses meses de pandemia, assim como vem acontecendo com grande parte dos hospitais públicos. Para tentar contornar a situação e aumentar a receita, a instituição lança um título de capitalização, com premiação mensal de R$ 120 mil.
Apesar de a Maternidade também atender convênios particulares, mais de 60% das mulheres e recém-nascidos são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por conta disso, há anos as finanças da instituição são deficitárias, já que as receitas provenientes de planos de saúde, atendimentos particulares e dos repasses do SUS não são suficientes para cobrir os custos do atendimento público e filantrópico.
"Antes do início da pandemia, a defasagem para assistência ao SUS variava de R$1,3 milhão a R$1,7 milhão por mês. Como atendemos a Saúde Suplementar e particulares, além de outras especialidades, tentamos equilibrar, mas sempre falta, pois temos que conservar e aprimorar o nosso parque tecnológico e também nossas instalações físicas. Esta situação está agravada atualmente pela Covid-19. Houve aumentou nas despesas e redução na receita", afirma o Dr. Carlos Ferraz, presidente do Hospital Maternidade de Campinas.
De acordo com a assessoria, a instituição é a maior maternidade do interior do País em número de nascimentos — cerca de 900 por mês — e desponta como referência na qualidade da assistência e na promoção do conceito de parto adequado. "Desde a sua fundação, em 1913, a instituição se mantém fiel ao objetivo de atender as gestantes, oferecendo condições para que seus partos sejam seguros, prestando toda a assistência possível", explica o Dr. Ferraz.
Devido a esse cenário, a Maternidade lança o Doacap, título de capitalização da modalidade filantropia premiável, em parceria com a seguradora Mapfre. Cada título do Doacap custa R$ 12 e o participante concorre ao prêmio de R$ 120 mil, já descontado o imposto de renda. O título pode ser comprado no site doacap.mapfre.com.br/maternidadedecampinas/ a partir de amanhã. Os sorteios serão realizados mensalmente. O primeiro acontecerá já amanhã.
“O DoaCap é uma forma de doar para o Hospital. O título de capitalização faz parte de um projeto para que a Maternidade de Campinas continue a prestar uma assistência de qualidade e de excelência a todos os pacientes da Região Metropolitana de Campinas que nos procuram e que precisam, de alguma forma, da nossa ajuda. É bom demais poder ajudar. É bom demais poder doar. É bom demais cada vez mais trabalhar para a comunidade que precisa da Maternidade por ela representar o berço da vida, de onde brota o amor mais acolhedor”, diz o presidente.
O Doacap foi criado atendendo as mais recentes regulamentações da Susep — Superintendência de Seguros Privados — para o setor. A compra é feita on-line ou em pontos de venda que operam com a máquina Lio, da Cielo. Cada comprador pode acompanhar seus números da sorte pela internet, no portal exclusivo do produto. Isso garante segurança e transparência não somente para os participantes de cada série, mas também ao Hospital Maternidade de Campinas, o maior beneficiado pela receita das vendas.
Fonte: https://correio.rac.com.br/_conteudo/2020/06/campinas_e_rmc/951189-maternidade-tenta-driblar-a-crise.html